Memories.

Estava lembrando, daquelas cartas que não entreguei, das palavras que não tive coragem de dizer, das que tive que engolir pra não piorar a situação. Dos momentos de teatro, com vários sorrisos falsos, das noites sem sono, refletindo nas minhas atitudes, lágrimas que escorreram, dos momentos de êxtase, de raiva, de desespero. Daquelas tardes com os amigos, daquelas noites não dormidas, sempre em companhia de alguém que por alguns instantes me fez me sentir mais confortável, mais segura. Das tantas risadas, das piadas, dos momentos engraçados que ficam pra sempre na memória. Das festas, das noitadas, dos momentos "chapada" fazendo o que não devia. Das músicas dançadas, daquelas que tocam a gente. Das pessoas que conhecemos, mesmo aquelas que nem vemos de novo, mas que por um momento nos fizeram mais contentes. Das coisas ditas em vão, aquelas que nos arrependemos e pensamos que podíamos não ter dito. Dos sorrisos que ganhamos das pessoas, dos momentos de amiga, de palavras sinceras. Daquelas atitudes marcantes, tanta coisa. São fatos, momentos vividos e eternamente lembrados. Que fazem de mim uma pessoa mais segura, mais madura. Uma pessoa mais feliz.


A deixar claro que o texto não é meu, encontrei em uma comunidade, mas define exatamente o que venho sentido nesses últimos meses. xx

30 desejos para se realizar antes de morrer.

1. Me casar.
2. Conhecer Canadá, Holanda, Itália e Bonito/MS
3. Ir à um show internacional.
4. Ficar muito bêbada.
5. Fazer um vídeo.
6. Aprender inglês/espanhol/italiano.
7. Desfilar em alguma escola de samba.
8. Mergulhar em Fernando de Noronha.
9. Ter um closet só para sapatos.
10. Morar em algum lugar bem frio.
11. Fazer/receber uma declaração de amor pública.
12. Tirar foto com algum famoso.
13. Fazer um cruzeiro para a Argentina.
14. Ligar para alguém às 3 da manhã para dizer um “eu te amo”
15. Ter um dia de princesa sem o Netinho.
16. Me formar em dois cursos superiores.
17. Pular de bungee jump.
18. Ler muitos livros.
19. Ir em uma final de Liga dos Campeões/Libertadores/Mundial de Clubes.
20. Ir a uma praia de nudismo.
21. Ajudar uma velhinha à atravessar a rua.
22. Ser a mais bonita em um evento.
23. Aparecer em um link ao vivo da Globo.
24. Assistir muitas séries/filmes.
25. Aprender a tocar algum instrumento.
26. Patinar no gelo.
27. Ganhar na Mega-Sena.
28. Fazer uma criança feliz.
29. Ver o planeta livre do aquecimento global.
30. Descobrir a fórmula da felicidade!


Só para eu nunca me esquecer dos meus sonhos. xx

Telefonema.

Alô? Oi...que engraçado, não sabia que você tinha secretária eletrônica. Liguei para... bem, não sei porque liguei. Já não nos falamos desde... bem, desde o ocorrido. Nossa, meus dias têm sido muito estranhos. Saio para trabalhar, estudo, volto para casa. Sem nenhuma novidade. Sabe, ontem vi um cara sendo assaltado, outro bêbado cantarolando na praça e uma mulher carregando seis gatinhos. Fiquei com medo pelo assalto e pelos gatinhos, você sabe que eu prefiro enfrentar dragões e monstros do lago a enfrentar esses animais fofinhos e grudentos. Bem... comecei a fumar. Ok, sei que não devia, mas passar o tempo dentro desse apartamento vazio, mal cheiroso e repleto de lembranças não me deixa outra escolha. E minha família e meus amigos – nossos amigos – arrumaram afazeres melhores do que cuidar de mim. Ah...tenho uma notícia boa! Comecei a faculdade e o cursinho de inglês. Se lembra que meu sonho era me formar e fazer uma viagem ao redor do mundo? Você sempre me dizia que não era possível sair por aí sem saber o tal idioma universal. Pois é, o idioma eu estou aprendendo, só não vou realizar meu sonho, afinal não tenho dinheiro para isso, e minha companhia partiu e não voltará mais, já que tem um novo amor e filhos para cuidar. Por falar nisso, como vão eles? Um dia passei perto do colégio, e os vi atravessando a rua em direção ao transporte escolar. Que lindos! O mais velho sempre segurando a mão da irmã. Júlia é o nome dela, certo? É o nome que sempre sonhamos para nossa menina, aquela que eu não pude te dar. [ pausa longa, e alguns soluços de choro ] Desculpe deixar esse recado enorme, mas essa noite sonhei com você. Não foi bem um sonho, foi só uma lembrança... foi sobre aquele dia em que fomos ao parque e comemos frutas na beira do lago, até que começou a chover e tivemos que ir embora antes do previsto. [risos] Aquela foi a melhor tarde da minha vida. [pausa] Ah, só para saber, cortei meu cabelo. Sei que você o amava como era antes, mas estava me dando trabalho e aquela antiga vaidade saiu por essa porta logo depois de você, então o cortei até os ombros. Ops, o microondas apitou, e estou com muita fome, nem me lembro qual foi a última vez em que me alimentei, acho que é hora de desligar... Liguei só para saber como estava, para dizer que não estou vivendo bem sem você mesmo depois de todos esses anos, mas que continuo lutando todos os dias por um futuro melhor, e principalmente, para que você não se esqueça de mim. [voz baixa e trêmula ] Er...dê um oi para sua mulher e seus filhos...espero que fique bem. E não se preocupe, não te procurarei mais. Eu amo você, se cuide, por mim.


Rayanne Castro.

O começo do fim.

É isso. Chega a um certo ponto onde temos que desistir.Talvez, essa não seja a palavra certa. Mas parar, deixar de lado o resto do mundo, e se fechar dentro de sí próprio. Creio que essa seja a arma de defesa do ser humano: a solidão. Claro, uns a adquire pelo mal comportamento, ou por não serem entendidas por todo aquele povo lá fora, mas tem aqueles que preferem se guardar. Esse processo é parecido com o que vemos na vida de uma borboleta. Aquela pequena e insignificante larvinha, que está alí sem saber o porque e sem ser notada, e vê que não há sentido em vagar por aí sem uma motivação. Logo, ela se fecha em seu casulo, e lá permanece enquanto amadurece, por dentro e por fora, até sair e se tornar aquela borboleta única. Sim, não somos todos fãs desses animais, mas a certeza é que algo ou alguém nesse mundo irá notá-la, e a fará ver que todo seu esforço, toda a sua busca por mudanças valeu a pena. Talvez seja disso que pessoas como eu precisem. De um tempo, de se afastar do mundo, de se enfiar em seu casulo até que as tempestades passem. Um dia, quem sabe, essas pessoas encontrem alguém que vá admirá-las e amá-las e, principalmente, lhe dar a plena certeza que nada do que fez antes foi em vão. Acredito que esse seja o sentido do amadurecimento: se fechar e se conhecer totalmente, para depois se apresentar à vida. Talvez seja essa a decisão a tomar. Bem, eu não sei qual é o futuro de tudo isso, a única certeza é que esse casulo será bem-vindo, e talvez seja ele que vai afastar toda a tristeza,o medo e a insegurança dessa larva, fazendo-a ter coragem para crescer, se entender, e mostrar ao mundo toda a sua beleza de borboleta.



Fim.

Pré-2010.

É isso. Mais um ano se passando. Tantas mudanças, tantas descobertas, tantos sonhos. Agora, vendo tudo isso me vem à cabeça tantas lembranças, essas que nem sempre foram boas, mas que certamente contribuíram para o meu amadurecimento. Ok, sei que ainda não amadureci nada do que queria, mas isso é o ser humano, errando e acertando a cada dia, mas nunca parando de evoluir. Hoje, no entanto, me cansei de sempre esperar por melhoras em minha vida, e decidi correr atrás de tudo o que almejo. Sem fugir da realidade, comecei a por minhas promessas de fim de ano em prática. Quem foi mesmo que inventou que os desejos só podem ser pedidos no dia 31 de dezembro? Eu me adiantei, e não ficarei de braços cruzados esperando uma ajuda dos céus para todos os sonhos que tenho no pensamento saiam da cabeça e apareçam aqui, do lado de fora. Visitar pessoas que sumiram, ir à festas, passar menos tempo na internet,conhecer gente nova, descobrir alguma profissão que me agrade, ser mais interessada nos estudos, menos arrogante e infantil, controlar meu ciúme, juntar dinheiro, sair de casa, acabar com inimizades passadas, julgar menos as pessoas, ser mais atenciosa e humilde, dar valor à família, fazer menos drama, mostrar às pessoas que eu amo o quanto elas são essenciais,assistir menos tv, ver e praticar esportes, ler muitos livros, dar mais abraços, ter mais contato com a natureza e, por último e mais importante, me casar e ser feliz. Esses são alguns dos meus planos para o futuro. Alguns já estão funcionando, outros estão em fase de testes, alguns ainda não têm nem precisão para se tornarem realidade. Porém, não importa qual seja a dificuldade de torná-los possíveis e reais, eu jamais desistirei de alcançá-los. Essa é o meu jeito de tentar encontrar a fórmula da felicidade. E o seu, qual é?

Críticas.

Isso é o que anda pertubando minha consciência ultimamente. Tais críticas feitas às minhas atitudes e decisões. O que é isso? O que anda se passando pela cabeça dos outros? Não sei se sou a pessoa certa para falar isso, mas penso que não devemos julgar algo se não sabemos do que se trata. Se alguém que me conhece ou já me conheceu ler isso aqui, provavelmente vai pensar: "Ela não sabe o que diz (ou no caso,escreve). Já criticou tantas pessoas que ficaria impossível de se contar." Pois é, sei o quanto errado já agi, sei melhor do que todo mundo, exatamente por isso venho aqui colocar minha opinião. Já passei por essa situação, o lado que critica, que fala coisas sem pensar, que se sente o dono da verdade e que não vê o mal que faz. Sim, com isso quebrei a cara, me decepcionei comigo mesmo, e vi que era a hora de mudar. E mudei. E depois de tanto tempo pensando, pude ver o quanto tudo isso me prejudicou. Agora, do outro lado da história, sei que críticas realmente abalam quem quer que seja. O grande problema disso tudo é que isso é da natureza do ser humano, julgar sem ao menos saber do que se trata. A partir das minhas escolhas, que fiz sem ter de dar aviso prévio à ninguém, me vi mergulhada em críticas, das pessoas mais próximas até de meros conhecidos. O que faz com que possam julgar? São perfeitos, ou sabem qual é a decisão certa? Simplesmente não sabem como as coisas acontecem, e qual o nível de importância que as atitudes possuem. Logo, olhe-se no espelho antes de tirar próprias conclusões, pense em tudo o que sabe antes de criticar uma pequena fala, ou pensamento. Tudo nessa vida é mais que o seu olho pode ver. O que faço ou deixo de fazer tem um motivo, não se preocupe se é certo ou errado eu não sei, e não será ninguém que poderá explicar, deixe as coisas acontecerem, pode dar certo.

Ou não.



é muito muito pessoal,não precisa entender.

Indiferença.

Hoje, após ler um texto em um fotolog, mudei completamente meu modo de ver tudo o que anda acontecendo, tudo aquilo escrito no post anterior. Tal texto que li apontava as características de ódio e indiferença. Depois de lê-lo, percebi que ser odiado tem mais significado do que ser indiferente a alguém. Para se ter ódio de alguém, gastamos tempo, neurônios e energia.Para sentirmos indiferença, não precisamos de nada, apenas existir. Logo, as pessoas que hoje não gostam de mim, pensam ou falam mal, possuem algum sentimento pela minha pessoa, ou guardam qualquer tipo de lembrança. Se é assim, por que o rancor? Isso é tão contraditório, não gostar de alguém, porém gastar algum tempo para falar da mesma. Quem faz isso, em minha opinião, não sabe o que quer da vida. No meu lado da história, cada dia que passa deve-se extrair o que foi útil, e jogar fora aquilo que não serve mais. As lições aprendidas vão sempre ficar guardadas em algum lugar da consciência. Quanto as ruins, tomei a atitude de pegar como lição de vida para não cometer ou suportar mais os mesmos erros. Agora, do que adianta desentendimentos, dores de cabeça com problemas, sendo que o ‘ódio’ existente vai sempre fazer com que as pessoas se lembrem daquilo que deveria ser esquecido? Não entendo, e não vou fazer o mínimo esforço para entender. A partir disso, tomei a decisão de ser indiferente àquilo que chega até mim. Pode ser que tenham ganhado o Oscar, acertado os números da loteria ou que tenham pegado prisão perpétua, não filtrarei nada disso, e quando a notícia chegar, entrará por um ouvido e sairá pelo outro logo em seguida. Se eu serei sempre lembrada de forma ruim nas conversas, ou simplesmente ignorada eu não sei. Porém, a todos aqueles insatisfeitos com minha forma de viver/pensar, não acrescento nada além da minha indiferença. É só.


Acho que ninguém entende meus textos.